Escolhendo caminhos


Há em nosso âmago uma força que sabe o que nos faz bem. Uma intuição. Que muitas vezes deixamos de seguir. Quando ela martela, quer nos dizer algo, feito uma sacerdotisa: ela fala por códigos, sensações, vislumbres. E toda vez que deixamos de lado essa intuição, ou seja, seguimos por um caminho que não nos faz bem, entramos em ruínas.

São escolhas nossas. São caminhos que decidimos trilhar. Muitas vezes, sabendo. Outras, com a leveza de certa inocência (ou melhor, fingimos não perceber que estamos sendo auto enganados). Presos em uma torre em chamas, precisamos passar por aquela desconstrução para que se abra novos caminhos.

Escolher dói. Se posicionar dói. Mostrar e impor nossa vontade nos obriga a usar uma força descomunal. Porém ficar parado, inerte, sem fazer algo por nós mesmos é a pior decisão. Ao nos imobilizarmos, morremos em vida. O que não podemos jamais é ficarmos ali presos, esperando chamas nos consumirem por completo. É preciso pular em busca de novos caminhos, apoios, autoconhecimento, reflexões. A partir daí, seguimos para um autojulgamento.

Toda escolha que fazemos para o nosso bem-estar nos leva, depois de um período de recuperação, a um caminho de melhorias. Superar tempos difíceis requer uma boa dose de insistência. É preciso sempre se lembrar que um dia ruim não é nossa vida, é um dia. E que um dia feliz, não é para sempre, é apenas um dia. Estar com foco no que nos faz bem é o que deve nos mover, diariamente. Um passo de cada vez, para que possamos seguir. 

“Cair. Levantar. Em frente. Enfrente”. Esse é um lema importante. Nossa intuição sabe o que realmente nos faz bem. Quedas fazem parte. Ponderar e julgar o que nos é importante é essencial. A partir dessas percepções, temos em nossas mãos o poder de escolha. Não é fácil. É um processo. A questão que lanço: temos nos permitido a enfrentar esse processo e aprender com ele? Vale a pena refletir.


Juliano Schiavo é escritor, jornalista e professor. É autor independente dos livros Tapa Na Cara (motivacional) e O Menino Que Semeava Histórias (infantojuvenil). Contato: jssjuliano@yahoo.com.br Americana/SP.


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