Quanto tempo você tem dedicado a você?



A vida é feita de detalhes e, toda vez que os deixamos de observar, perdemos essa essência que faz com que tudo tenha mais cor. Ao nos permitirmos mergulhar na contemplação de coisas simples, percebemos o quanto podemos nos deleitar e nos entregar a um momento de paz, serenidade, sossego.

Toda vez que seguimos num ritmo alucinado, deixamos de lado o nosso bem-estar. É necessário termos pausas para nós. [...] No mundo do trabalho, infelizmente, somos substituíveis. Na vida pessoal, pelo contrário: não há como sermos substituídos e, se abdicarmos disso, deixamos de ser quem somos para nos tornarmos apenas seres autômatos: acordar, levantar, comer, trabalhar, dormir, num ciclo repetitivo. Será que a vida é apenas isso?

Uma das coisas mais impressionantes de se fazer é incluir mais vida na vida. E isso se dá quando, no dia a dia, nos permitimos usufruir de momentos que nos tocam de alguma forma, que nos fazem sentir vivos, mesmo com toda a simplicidade. 

Toda vez que nos sentimos sufocados, nada melhor do que tentar entender o que nos leva a esse sufoco. É um processo de questionamento, de análise, de ressignificação da situação. Muitas vezes, damos uma dimensão enorme a situações que não merecem um pingo de consideração. Outros momentos, protelamos decisões importantes com medo de mudanças. A questão primordial é jamais nos entregarmos: se algo não está bem para nós, significa que temos que fazer algo ali para que possamos ter novos horizontes.

Assim, quantos momentos do seu dia você dedica para a sua paz? Para a contemplação do que é simples? Quantos momentos você se permite se desligar um pouco das atribulações e apenas apreciar o aqui e agora?  Trecho extraído do livro Tapa na Cara – Reflexões, Depoimentos e Orientações para o Bem-Estar (Juliano Schiavo, 2022).


Juliano Schiavo é professor, jornalista e escritor – jssjuliano@yahoo.com.br
Americana / SP



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