Há momentos em que, para seguirmos em frente, é necessário parar e repensar. Esses momentos ocorrem quando as atividades e tudo mais que fazíamos começam a perder a cor, a graça, o brilho. Quando isso acontece, é um sinal de alerta de que algo não está bem e que, para que haja uma mudança, é preciso buscar dentro de nós o que nos aflige.
Quando
se perde o sentido, o fio condutor, é necessário compreender que, tal qual um eremita,
o mergulho interior é necessário para ver quais arestas da vida precisam ser
lapidadas. A pausa é necessária para dois processos diferentes: entender e
compreender.
Muitas
vezes podemos entender uma situação e não compreendê-la, bem como não saber
explicá-la também. Não basta apenas entender algo, mas sim ir mais a fundo,
compreender o que está pulsando, machucando. Isso requer se questionar e lançar
perguntas para refletir. E, para tanto, é preciso se colocar em movimento.
Não
basta se apagar, se conformar e se estagnar, esperando que as coisas se
solucionem por si só. É preciso ter uma fagulha de vontade para, no mínimo, buscar
apoio e, com ele, nos reerguermos e ressignificar o que nos aflige.
Ao
nos questionarmos e buscarmos caminhos, nos colocamos em movimento. Ao nos
movimentarmos, abrimos possibilidades de enxergarmos novas possibilidades que
antes pareciam distantes ou impossíveis.
Nessa
jornada, para arrancar os espinhos que nos machucam, sentiremos dor. Porém todo
expurgo é doloroso para que haja a cicatrização. Cada marca deixada significa
uma conquista, um passo além do lugar que estávamos. É sempre preciso se olhar
com carinho e afeto, reconhecendo e comemorando pequenas conquistas. A questão
que fica: estamos nos permitindo buscar o melhor para nós?
Juliano Schiavo é jornalista, escritor e professor. Autor do
livro O Menino que Semeava Histórias. Contato: jssjuliano@yahoo.com.br. Americana/SP
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