Conheci o termo Ikigai ao acaso. Talvez pelo nome diferente
(japonês) fiquei repetindo-o interiormente até decorá-la. Por fim, fui atrás
para saber um pouco mais do que significa. Embora não haja uma tradução
literal, ele pode ser traduzido como "razão de viver”, ou seja, aquele
motivo que nos faz acordar todos os dias.
Quando parei para pensar nesses motivos, confesso que me
senti perdido. Não por não ter foco, ou não saber o que desejo, mas por perceber
que, muitas vezes, os sentidos parecem estar diluídos ou mesmo iludidos por necessidades
que realmente não são prioridade. Criamos falsos desejos e nos apegamos a eles,
a um custo que nos faz sofrer (por idealizarmos e desejarmos tudo conforme
queremos).
Quando penso no Ikigai, parece que tudo pode ser simples.
Não sou conhecedor a fundo do tema, apenas um mero interessado, que caiu de
paraquedas – por isso posso incorrer no erro de falar bobagens. Entre os passos para se chegar ao Ikigai, é
importante “começar pequeno”. Uma árvore, antes de tudo, foi semente. Tudo
começa pequeno e é preciso limpar a mania de grandeza. Também é importante "libertar-se”
de crenças limitadoras, pois se acreditarmos que jamais seremos capazes,
afundamos a nossa motivação.
Outro passo é buscar “harmonia e sustentabilidade”, o que
favorece estarmos de forma harmônica onde estamos, buscando a paz. “Ter alegria
nas pequenas coisas” nos mostra que os passos são mais importantes que as
chegadas e nos dão um sentido.
Por último, talvez o mais complicado nesta nossa era
informatizada: “estar no aqui e agora”. As mudanças só se iniciam em um
momento: no hoje. O que foi, não temos como mudar. O que será, ainda não
sabemos. Tudo só é possível agora. E aí, já parou para pensar no seu Ikigai?
Juliano Schiavo é jornalista, escritor e biólogo
www.julianoschiavo.wix.com/livros
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