A
culpa é dos políticos. A culpa é do povo. A culpa é sempre de alguém. A culpa
sempre recairá no ombro do outro, pois é mais simples caminhar sem o peso dela.
Afinal, de quem é a culpa pelo mundo estar assim, repleto de pólvora à espera
de uma fagulha? Quem é o culpado pela multiplicação do que é ruim, opressor e
que sufoca a paz? Já parou para pensar que muito do que ocorre ao nosso redor é
nossa culpa e não do outro?
Muitas
vezes ficamos anestesiados, acreditando que o mundo jamais vai melhorar, pois depende
da boa vontade do outro. Sempre estamos esperando pelo salvador da pátria, muitas
vezes, travestido de “cidadão de bem” (sic) e, assim, nos imobilizamos.
Deixamos que outra pessoa assuma uma responsabilidade que pode ser nossa. E por
fim, tudo continua na mesma.
Quem
quer mudança de verdade, não espera pelo outro. Vai e faz. A árvore para
alcançar os céus um dia foi semente. Pequena, diminuta, com uma vasta
possibilidade de não vingar, mas ela insistiu. Demorou anos para alçar seus
galhos e florescer. Porém precisou, antes de tudo, ser semente.
Assim
são nossas ações que podem mudar um pouquinho a realidade. Você reclama por não
ter sombra num dia quente de verão? Plante uma árvore. O lugar que você pisa
está sujo? Não jogue lixo no chão. Você se sente incomodado em saber que as
pessoas leem pouco? Presenteei com um livro. Se você quer que o mundo melhore,
seja ator da mudança, sem esperar pelo apoio dos outros – que muitas vezes não
virá.
Sua
ação não precisa ser grandiosa para que ecoe no universo. Algo pequeno pode se
tornar grande, mesmo que você não perceba: tudo está conectado. Talvez a árvore
que você plantou, possa ser a inspiração de alguém. A pergunta que fica: o que
você tem feito pelo mundo?
Juliano
Schiavo é escritor, jornalista e professor
Americana
- SP
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