Há pessoas que gostam de nós. Outras, não. Há quem nos incentive.
Outros, destacam nossa pior faceta e apontam falhas, sem se importar se, da
forma como falam, vão nos machucar. Para eles não importa o construir, mas o
esfacelar. Há pessoas que nos usam para subir: somos apenas ferramentas para o
objetivo delas, que não nos incluem. Há quem nos estenda a mão para que
possamos subir um degrau. Outros, nos empurram escada abaixo.
E nessa jornada feita de um suspiro, a vida, vamos aos poucos
conhecendo aqueles que se dizem amigos, mas só nos incluem quando precisam de
algo, sem oferecer nada em troca. Há ainda aqueles que, nos momentos ruins,
estão ali e, nos melhores momentos, comemoram nosso sucesso, sem ter a inveja a
nublar o olhar. Amigo que é amigo não está apenas no momento da queda, está também
dividindo nossa felicidade.
E se posso dar um pequeno conselho, a escolha de quem trilha
o caminho ao nosso lado é apenas nossa. Não vale a pena prolongar conversas com
quem não nos quer incluir. É direito do outro também não nos incluir. Afinal,
não somos o centro do universo. O erro é nosso em insistir. Quem muito mendiga
atenção, colhe apenas migalhas. É certo? Cada um sabe o que lhe convém. Muito
embora, acredito que ninguém seja merecedor de migalhas de atenção. Sempre há
alguém que pode somar conosco, basta que estejamos abertos a conhecer e
reconhecer outras pessoas.
Você já parou para pensar nas amizades ao seu redor e como
você as tem cultivado? Já parou para olhar dentro de si e observar quem lhe faz
bem e quem apenas lhe inclui por mero comodismo e interesse? A vida é muito
curta para estar ao lado de quem não soma, ensina e troca experiências. E a
escolha é apenas nossa. Quem merece caminhar ao nosso lado?
Juliano Schiavo é
jornalista, escritor, biólogo e mestre em Agricultura e Ambiente.
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