Quando se fala nelas, é comum associa-las
a algumas palavras. Para os mais gulosos, talvez a palavra apropriada seja mel.
Para os que têm medo, ferroada. Pouco importa a palavra. O que vale é o papel
ecológico desses insetos conhecidos popularmente como abelhas.
No mundo, segundo estimativas, há cerca de
20 mil espécies de abelhas, sendo que a maioria (85%) são solitárias, ou seja,
não formam colmeias. Só no Brasil, estima-se que haja quase três mil espécies –
e para quem não sabe, há abelhas sem ferrão, como as jataís, arapuás, mandaçaia
e outras! Vale lembrar que cada uma das espécies tem sua importância ecológica,
ou seja, desempenha um papel na natureza.
Como as abelhas apresentam uma alimentação
exclusivamente relacionada a recursos florais (pólen, néctar, resinas,
fragrâncias e outros produtos produzidos pelas plantas), elas acabam por
prestar um importante serviço: a polinização, que é o processo de reprodução
das plantas com flores. Ela ocorre pela transferência do pólen da parte
masculina (antera) para a feminina (estigma). Desta forma, por meio deste
processo, é possível serem formados os frutos e sementes.
Só para se ter noção da importância das
abelhas: elas são responsáveis pela
polinização de 73% das culturas agrícolas do mundo. Ou seja: quase três quartos
dos alimentos produzidos dependem da polinização feita por estes insetos.
Inclusive, há plantas que, sem a presença das abelhas, não produzem frutos e
sementes. Entre os exemplos, temos o abacate, as amêndoas, melão, cebola e
outros.
Por isso, quando observar uma abelha,
saiba que, embora pequena, ela é uma grande prestadora de um serviço ambiental.
Além disso, a variedade de nossa alimentação está intimamente ligada a este
inseto.
Juliano
Schiavo
Jornalista,
biólogo e escritor
Americana
- SP
julianoschiavo.wix.com/livros
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