Quando você acorda, você não sabe como
será seu dia. Talvez tenha indícios, mas não certezas. Tem apontamentos, mas
não passos fixos aos chão. A vida é mutável. É um fluxo natural de incertezas
se traduzindo em caminhos que podemos seguir – ou não. Embora haja tantas
incertezas, muitas vezes obscurecidas pelo medo – que é paralisante por impedir
que arrisquemos outros caminhos não conhecidos – podemos nos esforçar para, ao
menos, fazer algo melhor que ontem.
Se o passado é um caminho que ficou
para trás, com suas paisagens pintadas por nossos sentimentos, o futuro é um
vislumbre que, muitas vezes, encanta. Outros momentos, assusta. O passado pode direcionar os passos. O futuro,
espera pelos passos. O momento de mudar? Todos sabem a resposta: é o presente.
E o que temos feito para transformar
nosso presente num verdadeiro presente, daqueles que, ao abrirmos os laços,
ficamos vislumbrados? De que forma estamos dando o nosso melhor para
transformar o mundo num lugar um pouco menos opressivo? Essas questões só podem
ser respondidas com as ações feitas no agora. E elas não precisam ser
mirabolantes, nem extraordinárias. Mudanças podem ser feitas pela simplicidade.
E simplicidade se resume a oferecer um
sorriso. A dar um abraço. A estender a mão a quem precisa. É oferecer o que se
pode oferecer, de coração. É dialogar e não entrar em embates. É entender que, em
tempos de ódio, nada melhor do que se disciplinar para aprender a respeitar e
entender que todos somos diferentes – mas somos da mesma espécie.
Simplicidade é compreender que a vida
é muito mais do que posses materiais. Ela é feita de momentos. Alguns dolorosos,
que ensinam. Outros, fabulosos, que encantam. Simplicidade é escolher fazer
parte de algo maior, feito de pequenas atitudes: é ser empático e se colocar no
lugar do outro. É colocar como meta o ajudar, ao invés de atrapalhar. É
simplesmente tentar fazer o melhor para melhorar o mundo. E a reflexão que
fica: o que temos feito para isso?
Juliano Schiavo
Jornalista, biólogo e escritor
Que texto simpático, parabéns!
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