As Brumas de Avalon


Ano passado mergulhei na leitura do livro "As Brumas de Avalon", de Marion Zimmer Bradley, que se divide em quatro volumes: A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore.

A história traz uma visão feminina do Rei Arthur e seus Cavaleiros da Távola Redonda e, logo de cara, já segui aquele velho ditado (preconceituoso): mulher falando de mulher só vai dar baixaria. E, de certa forma, deu. Não no sentido de contaminar a obra com firulas e desmerecê-la. Pelo contrário. A visão feminina das personagens que narram a história, principalmente ao se referir a outras mulheres, traz embutido uma crítica à submissão feminina, o que é genial. Desmascara, com a história do Rei Arthur, uma série de preconceitos ainda tão presentes em nossa sociedade.

E é no momento da crítica da personagem feminina a outra que se revelam os preconceitos que pairam. E isso humaniza ainda mais a obra, que é envolvente e cativante. Comecei a ler o primeiro livro. Quando vi, estava no último volume e, ante as últimas páginas, pensava comigo: que droga, uma história tão legal vai se acabar. E acabou, deixando em mim um gostinho de "quero mais".

Indico as As Brumas de Avalon para quem gosta de histórias com artefatos da Idade Média, além de querer ver a história do Rei Arthur pela visão feminina.


Em tempo: Para não passar em branco, hoje faço 22 anos e 6 meses. E isso não foi nem eu quem lembrou, mas meu pai.

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